Alberto Valentim comenta sobre o vacilo do Ituano em Campinas diante do Guarani: “Gosto amargo”

Por: Clayton Santos

Apesar de serem as duas piores equipes da Série B, Guarani e Ituano entregaram ao público uma partida eletrizante até os minutos finais, com seis gols marcados e um empate em 3 a 3. Resultado que nada muda a situação de ambos na competição, aumentando ainda mais a crise nos clubes.

Se por um lado o ataque do Ituano começou a funcionar, marcando oito gols em três jogos, a defesa tem tido uma performance desastrosa. Foram 12 gols sofridos neste mesmo período, uma média de quatro gols tomados por partida.

Contra o Bugre, o Ituano se encaminhava para conquistar a primeira vitória como visitante no ano, após abrir 2 a 0. A vantagem foi “pulverizada” em 10 minutos, com o Guarani chegando ao empate. E mesmo após estar à frente do marcador novamente, já nos minutos finais, sofreu um duro golpe no lance seguinte. Para o técnico Alberto Valentim, o Galo tinha totais condições de voltar para Itu com os três pontos.

“Fizemos um primeiro tempo muito bom. Conseguimos a vantagem. Depois ampliamos essa vantagem. Tivemos que mudar um pouco a estrutura do time por causa da câimbra do Poz. Ele ainda não tinha jogado e estava fazendo uma função de lateral. Mais defensivo. E tive que fazer uma substituição ali com 15 minutos. Procurando proteger mais esse lado esquerdo com o Marlon que é atacante de origem, mas sabe fazer essa função também. Na realidade com 3-5-2 era para que nós mantivéssemos o máximo possível a marcação no bloco médio. A gente não conseguiu. Ainda conseguimos fazer o 3×2 no final, mas em detalhe que precisamos corrigir mais uma vez. Erramos mais uma vez. Temos que parar de tomar gols. São muito evitáveis. Estivemos na frente duas vezes e não conseguimos levar os três pontos para casa. Fica esse gosto amargo”, comentou Alberto Valentim.

Este foi o primeiro empate do Ituano sob o comando do técnico Alberto Valentim em 13 jogos (Foto: Miguel Schincariol/Ituano FC)

O treinador rubro-negro ressaltou a necessidade de mudanças ao decorrer da partida. Foram quatro alterações que praticamente chamaram o Guarani para o campo de ataque em busca de reverter o resultado.

“O time que está em dificuldade na tabela e que estava perdendo em casa, nós sabíamos que iria nos pressionar. Repito, nossa ideia não era fazer as substituições. Fizemos forçado. Depois o Léo Oliveira pediu para sair também com câimbras. Fizemos as alterações para sustentar o máximo a marcação no meio para que sustentássemos a vitória, já que estávamos na frente” lembrou Alberto Valentim.

Como ponto de alerta, o Ituano não conseguiu vencer dois dos três confrontos diretos que tinha para sair da zona de rebaixamento. Já são cinco de diferença para o 16º colocado, Paysandu, que soma 12 pontos. No próximo sábado (22), o time de Itu terá pela frente o Brusque, o terceiro duelo de 6 pontos, às 21h no Estádio Novelli Júnior. A equipe de Santa Catarina tem 10 pontos, e pode deixar o Z-4.

Valentim sabe que é preciso encontrar o equilíbrio para que o Ituano saia com os resultados positivos.

“Tem coisas boas. O time quando chegamos aqui não fazia gols. Estamos fazendo muitos gols agora. Temos que ter uma fase defensiva melhor. Mais atenção. Um comportamento mais agressivo. Não dar espaço para o dentro da área. Isso a gente cobra. Mas, teve coisas boas no jogo sim. O time procurou jogar. Criou situações interessantes o que antes não acontecia” finalizou Alberto Valentim.

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