Por: Clayton Santos

O Ituano chegou a terceira derrota seguida no Campeonato Brasileiro Série B no último sábado (15), diante do Paysandu, no estádio Novelli Júnior. Em um jogo cheio de emoções, com oito gols marcados, o destaque poderia ficar por conta do ataque, que pela primeira vez no ano marcou três gols numa mesma partida, porém, novamente a defesa foi o centro das atenções de forma negativa.

Com os cinco gols sofridos para o Papão em casa, o que não acontecia há 15 anos, desde a derrota para o Atlético Sorocaba, pela Copa Paulista em 2009, o Ituano desperdiçou a chance de ultrapassar o rival e deixar a zona de rebaixamento. A equipe agora é a vice-lanterna, com seis pontos.

Após o jogo, o técnico Alberto Valentim fez uma autoanálise do momento que a equipe vem passando. Foram dez gols sofridos nesses últimos três jogos, nove em duas rodadas.

— Autoanálise temos que fazer sempre para ajustes. Quando a gente fala de muitos gols sofridos. Lógico que os atletas contratados para defender e com funções defensivas tem que dar uma resposta positiva. Hoje no futebol moderno quando você sofre muitos gols e não consegue ter essa consistência defensiva, ela sobra para todos. Desde o ataque, porque as jogadas começam lá em cima e chegam no último terço defensivo. Onde os jogadores com mais responsabilidades defensivas têm que estar mais atentos. Tem que corrigir erros que acontecem lá na frente, com jogadores que não tem funções mais defensivas. Tem que corrigir com ajustes, com trabalho, com cabeça e prontos para suportar pressões. Tem que ser forte. Temos que reverter situações que cabe muito para gente. Temos que resolver o problema e tomar menos gols — explicou o treinador.

Assim como aconteceu contra o Coritiba, o Galo sofreu uma espécie de apagão, e num intervalo de menos de 10 minutos, ainda na primeira etapa, sofreu três gols. Buscando algo novo, o comandante promoveu duas mudanças antes mesmo do intervalo, com as entradas do atacante Bruno Alves e do meia Eduardo Person.

— Quando as coisas não acontecem de acordo com nossas ideias e estratégias, temos que sacrificar alguém. Temos que fazer com que as coisas mudem. Sempre falei para os atletas. Eles têm que estar prontos a todo o momento. Uma necessidade tática ou técnica que eu achar que tem que fazer, ou por outro motivo. De lesão ou expulsão. Foi uma boa resposta daqueles que entraram no primeiro tempo. Conseguimos encurtar a distância do placar, já que eles haviam aberto três gols de diferença. Neste sentido acho que foi positivo a alteração na primeira etapa — explicou Alberto Valentim.

Apesar de encostar no placar por duas vezes, o Ituano não conseguiu de fato reagir como o esperado, e a fragilidade do sistema defensivo é algo que o treinador terá que corrigir para as próximas rodadas para que o Ituano consiga deixar a zona do descenso.

— Se tem acontecido gols e está acontecendo com uma frequência grande, é porque existem falhas sim. Falhas individuais e coletivas. Temos que corrigir. Existe essa cobrança muito forte aqui dentro. Eu cobro dos jogadores porque sei que eles podem fazer melhor. Assim que vamos fazer. Temos espaço curto para o próximo jogo. Não haverá tempo para treinar. Temos que corrigir, não através da conversa, mas também com o vídeo. E melhorar essa nova fase defensiva — afirmou Valentim.

O Ituano volta a campo já nesta terça (18), para enfrentar o Guarani, lanterna da Série B, com 4 pontos. A partida acontece no estádio Brinco de Ouro, em Campinas, às 19h.